Eduardo Silveira

Minha formação em Ciências Biológicas me leva a passear pelos (des)caminhos da biologia. Mas na realidade moro nos domínios da arte, da educação e da cultura. Desde cedo escolhi aventurar-me pelo teatro e profissionalizei-me como ator. Assim, em determinado momento, o teatro (principalmente a improvisação teatral e a palhaçaria) se colocou em pé de igualdade com a biologia, pedindo-me que os apresentasse para que dançassem juntos experienciando, através do corpo, as rotas da vida. A intermediação entre os dois foi feita pela literatura que não pode permanecer alheia a esse encontro inusitado. Nisso que sou, atuo como professor de biologia no IFSC e membro do Grupo de Pesquisa "Textualidades babélicas" (IFSC). Também participo como pesquisador no "Coletivo Tecendo". Meu interesse está na possibilidade de pensar a educação e a formação de professores em ciências/biologia em sua condição babélica: atravessada por rumores diversos, provenientes da ficção e de narrativas que engajem corpo, imagem e movimento. Para tanto, tenho operado principalmente com os estudos culturais, com a literatura e com as filosofias da diferença.