Esta pesquisa objetivou contribuir para a multiplicação dos olhares investigativos no campo da Educação de Jovens e Adultos (EJA). Contrariamente à concepção de formação aligeirada e compensatória, nesta pesquisa a EJA é considerada um campo potente de formação humana integral: formação científica, cultural e tecnológica. As ferramentas metodológicas adotadas nesta pesquisa foram a cartografia e o diário de campo, visando analisar os efeitos produzidos nas relações e práticas pela integração curricular, no âmbito de um curso de ensino médio técnico, na modalidade EJA, Campus Nilópolis, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ). Os sujeitos participantes foram os estudantes e os professores do referido curso. O método cartográfico permitiu apostar na potência dos encontros, na experimentação do pensamento, e no acompanhamento de percursos, a partir de múltiplas entradas, sem regras pré-estabelecidas. Os referenciais teóricos desenvolvidos por Foucault, Deleuze e Guattari foram centrais para esta pesquisa. Partindo do conceito de currículo como uma construção social e histórica, este trabalho entende a integração curricular como um dispositivo pedagógico que se constitui como alternativa à concepção de currículo como simples transmissão de conteúdos formalizados. A aposta na formação de professores na EJA, na perspectiva da formação inventiva, também foi abordada neste trabalho como prática de resistência e produção de subjetividade. A cartografia, entendida também como uma pesquisa-intervenção, considerou os efeitos do encontro entre a pesquisadora e os pesquisados, algo fundamental para os processos de transformação. Mesmo sem a pretensão de afirmar uma verdade absoluta, esta pesquisa pontua que as práticas curriculares e pedagógicas podem atuar de forma contrária à produção de subjetividades que contribui com os valores do sistema de produção capitalista. Neste sentido, aponta possibilidades de existência de caminhos a serem percorridos e, também, as possibilidades de lutas no campo das micropolíticas
This research aimed to contribute to the multiplication of research perspectives in the field of Youth and Adult Education (EJA). Contrary to the conception of lightning and compensatory formation, in this research EJA is considered a potent field of integral human formation: scientific, cultural and technological formation. The methodological tools adopted in this research were the cartography and the field diary, aiming to analyze the effects produced in the relations and practices by the curricular integration, within the scope of a technical secondary education course, in the modality EJA, Campus Nilópolis, Federal Institute of Education , Science and Technology of Rio de Janeiro (IFRJ). The subjects were the students and the teachers of that course. The cartographic method allowed us to focus on the power of encounters, on the experimentation of thought, and on the tracking of trajectories, from multiple entries, without pre-established rules. The theoretical frameworks developed by Foucault, Deleuze and Guattari were central to this research. Starting from the concept of curriculum as a social and historical construction, this work understands the curricular integration as a pedagogical device that constitutes as an alternative to the curriculum conception as simple transmission of formalized contents. The focus on teacher training in the EJA, from the perspective of inventive training, was also approached in this work as a practice of resistance and subjectivity production. Mapping, also understood as an intervention research, considered the effects of the encounter between the researcher and the researched, something fundamental for the processes of transformation. Even without the claim to affirm an absolute truth, this research points out that curricular and pedagogical practices can act contrary to the production of subjectivities that contributes to the values of the capitalist production system. In this sense, it points out possibilities of existence of paths to be covered and, also, the possibilities of struggles in the micropolitical field