Medicalização da comida e transformação de pessoas em mercadoria: reflexões a partir de revistas dirigidas ao público feminino Documento uri icon

  •  
  • Visão geral
  •  
  • Identidade
  •  
  • Ver todos
  •  

tipo

  • master thesis

abstrato

  • Dedicamo-nos, num primeiro momento, a situar o campo científico a Alimentação e seu foco de investigação: a comida. Entendemo-la inserida no mundo do consumo nas sociedades modernas e em articulação com a publicidade, esta que é por nós considerada como forte partícipe do processo de construção de símbolos e de reprodução e transformações no modelo econômico-social-cultural marcado pela acumulação de capital. Nos dias atuais, a publicidade, suas práticas e seus saberes têm sido estudados, não somente como simples agentes de vendas, mas como mecanismos capazes de estabelecer influências e reconstrução de práticas de consumo. Processo em que o corpo tem função relevante na construção de sentidos, visto que a comida participa da construção do corpo não apenas pela sua materialidade, mas também nos aspectos culturais e simbólicos. Analisamos as capas das revistas Sou Mais Eu! e VIVA! Mais, publicadas em 2011. A partir desses veículos, propomo-nos a refletir a respeito de discursos sobre comida e suas relações com processos de medicalização e de transformação das pessoas em mercadoria na sociedade contemporânea. Discutimos, primeiramente, sua configuração como um gênero textual. Depois, com base na Análise de Discurso e nos estudos semióticos, recorremos a autores como Foucault, Guimarães, Farina, Simmel e Elias para um mergulho nos enunciados em tela. Em seguida, com base em autores como Conrad, Foucault e Maingueneau, apresentamos nossas reflexões sobre o processo de medicalização que vemos presente nesses discursos. Por fim, argumentamos que a sociedade de consumo requer que sejamos também vendáveis. Consideramos, conforme Hall, Bauman, Giddens, Marx e Lukács, que esse arranjo que reune capas de revistas femininas, comida e medicalização é também marcado por um processo de reificação que transforma pessoas em mercadoria
  • We dedicate ourselves, at first, to situate the scientific field the Food and focus of investigation: the food. We get it inserted into the world of consumption in modern societies and in conjunction with advertising, this is considered by us as a strong participant in the process of building and symbols of reproduction and changes in social-economic model, characterized by accumulation of cultural capital . Nowadays, advertising, their practices and knowledge have been studied not only as mere sales agents, but as mechanisms to establish influences and reconstruction of consumption practices. Process in which the body has a relevant role in the construction of meaning, since the food participates in the construction of the body not only by its materiality, but also in cultural and symbolic. We analyze the covers of magazines I'm More! and VIVA! More, published in 2011. From these vehicles, we propose to reflect on discourses about food and its relationship to processes of medicalization and transformation of people into a commodity in contemporary society. We discussed, first, its configuration as a genre. Then, based on discourse analysis and semiotic studies, the authors resorted to Foucault, Guimarães, Farina, Simmel and Elias for a dip in the statements on screen. Then, based on authors such as Conrad, Foucault and Maingueneau, we present our reflections on the process of medicalization that we present these speeches. Finally, we argue that consumer society requires that we also salable. We consider, as Hall, Bauman, Giddens, Marx and Lukács, this arrangement which gathers covers of women's magazines, food and medicalization is also marked by a process of reification that turns people into commodities

data de publicação

  • 2012-01-01