A educação inclusiva, em todos os níveis de ensino, é direito fundamental da pessoa humana e, para que ela se torne isonômica, deve evitar a exclusão de minorias, dentre as quais, os educandos com deficiência. O presente estudo objetivou compreender a maneira que os discentes com deficiência física vivenciam a educação inclusiva na Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC); para tanto, objetivou especificamente: analisar a maneira como eles se percebem enquanto universitários; identificar seus conhecimentos sobre as políticas inclusivas da UNESC e verificar o entendimento destes discentes sobre educação inclusiva. A compreensão teórica se deu, fundamentalmente, a partir da premissa do ―ser mais‖ do educador brasileiro Paulo Freire. Sobre educação inclusiva, o estudo se baseou fundamentalmente em Maria Teresa Eglér Mantoan. Metodologicamente, a pesquisa é caracterizada como qualitativa e empírica. Toma-se como instrumento da empiria a entrevista do tipo semiestruturada, realizada com 04 (quatro) acadêmicos com deficiência física da UNESC. Também se estudou as políticas de inclusão a nível nacional e institucional. A preocupação do presente estudo, ao dar voz aos acadêmicos com deficiência física para se referirem à educação inclusiva, como também ao analisar as políticas públicas de educação inclusiva, foi problematizar o entendimento deste acadêmico sobre a educação inclusiva como peça fundamental para seu acesso e permanência no ensino superior. Os dados mostram que, em sua maioria, os acadêmicos com deficiência física participantes desconhecem as políticas de educação inclusiva institucionais, e entendem que a educação inclusiva vem das relações, vem do respeito mútuo. Para eles, todo o movimento da educação que valoriza a diversidade e as diferenças faz parte da educação inclusiva. Seus posicionamentos, reforçam que educação inclusiva se faz no cotidiano, no relacionar-se com o outro, os que constroem diariamente a educação inclusiva. O posicionamento, a ação política, o ser mais, que para Freire (2010) é um movimento perene de transcendência, implica em que o ser humano perceba-se enquanto inacabado e busque atuar na mudança do mundo. Perceba que transformar o mundo é transformar a si mesmo, e que o contrário também é verdadeiro. É se reconhecer atuante no mundo.