O trabalho à uma dissertaÃÃo de artista, um desfile carnavalesco que reÃne um pouco de tudo, com o objetivo de inverter a dor em folia, transformando o luto em carnaval. Meu corpo, implicado nas aÃÃes artÃsticas e nas pÃginas, oscila entre a performance autobiogrÃfica e autoperformance, em meio a cartas para meu irmÃo jà falecido, autorretratos, poemas e experimentaÃÃes em performance arte, materializei uma reconciliaÃÃo com o corpo e sua imagem. Optei por nÃo seguir o caminho recorrente da sociedade contemporÃnea de fazer uso de desvios para evitar a dor, a tristeza ou o fracasso, deixei a poesia da produÃÃo artÃstica guiar as questÃes a serem discutidas e fundamentadas no estudo. A reflexÃo conceitual à articulada em torno do questionamento de como a morte do meu irmÃo reverbera no meu corpo, produzindo arte, relaÃÃes afetivas e mudanÃas de comportamento, a partir de autores como Paul Zumthor, KÃtia Canton, CecÃlia Salles, Roland Barthes, Walter Benjamin e VilÃm Flusser. Quais implicaÃÃes ao corpo e como ele à implicado em novas aÃÃes para dar conta das necessidades impostas pelo luto? Essa ponderaÃÃo està diluÃda em minha vida e na festa, o Carna(Val). Os processos artÃsticos e acadÃmicos sÃo utilizados nesta folia como dispositivos para se ter pistas ou elementos para lidar e envolver-se com a problemÃtica criada e performada. Percebo-me criador de um carnaval, entÃo esta dissertaÃÃo de artista performa experiÃncias proporcionadas pelas inversÃes por meio de imagens, Ãudios, textos e aÃÃes. Apresento uma performance existencial, baseada nas minhas vontades como artista e relaÃÃes com as pessoas, criada para celebrar o milagre da vida. Pesquisa desenvolvida junto ao LaboratÃrio de InvestigaÃÃo em Corpo, ComunicaÃÃo e Arte - LICCA com apoio da FundaÃÃo Cearense de Apoio ao Desenvolvimento CientÃfico e TecnolÃgico - FUNCAP.
