Reestruturação, precarização e resistência nas Telecomunicações do Rio de Janeiro: o trabalho no "campo de batalha" Documento uri icon

  •  
  • Visão geral
  •  
  • Pesquisas
  •  
  • Identidade
  •  
  • Ver todos
  •  

tipo

  • doctoral thesis

abstrato

  • A presente pesquisa investiga as transformações ocorridas nas telecomunicações após a sua privatização, em 1998, tendo como foco o Trabalho nas empresas do Rio de Janeiro, nos três segmentos constitutivos do setor, que hoje encontram-se divididos entre as operadoras e as empresas prestadoras de serviços. Esse trabalho, que sofreu alterações de corte tecnológico e de gestão, foi profundamente flexibilizado e precarizado, também como parte das estratégias adotadas pelo capital, a nível global, para enfrentar mais uma de suas grandes crises, a partir da década de 1970. Neste caso, o desemprego tem sido um importante instrumento para a recuperação da taxa média de lucro das empresas, o que explica a altíssima rotatividade entre os segmentos mais precários da categoria, ou seja, os trabalhadores do teleatendimento e os da rede. Tudo isso traz consequências graves na condição com que os trabalhadores têm e terão para exercer sua atividade, aumentando o número de adoecimentos por assédio, intensificação da jornada além de trazer também consequências para suas formas de organização e representação. Nos perguntamos, se num quadro deste é possível pensar em alguma forma de resistência por parte dos trabalhadores. A análise dos documentos acessados fichas de homologação, e-mails de denúncias, Acordos e Convenções Coletivas de Trabalho além de entrevistas com dirigentes sindicais e questionários com demitidos nos permitem dizer que há uma resistência, cotidiana, às vezes invisível, às vezes aberta como nas greves e nas Comissões de Trabalhadores que logram se posicionar contra essa lógica da precarização do trabalho
  • This research investigates the changings that occurred in telecommunications after its privatization in 1998, focusing on the labor in the companies of Rio de Janeiro, in the three constituent segments of the category, nowadays divided between the operators and the companies that provide the services. This labor, which underwent technological and managerial changes, was deeply flexibilized and it has become so precarious, also as part of the strategies adopted by the capital, at a global level, to face one of its major crises, starting in the 1970s. In this case, the (un) employment has been an important instrument for recovering the companies average rate of profit, which explains the very high turnover among the most "precarious" segments of the category, that is, the telemarketing workers and the network ones. All of this has serious consequences in the condition workers have and will have to carry out their activity, increasing the number of illnesses - by harassment, intensification of the journey - and it also has consequences for their ways of organization and representation. We ask ourselves, in a scenario like this, if it is possible to think of some kind of workers resistance. The analysis of the documents accessed - homologation files, complaint e-mails - as well as interviews with union leaders and questionnaires with dismissals allow us to say that there is a daily resistance, sometimes invisible, sometimes open - as in strikes and in Commissions Of Workers - who are able to stand against this logic of the precariousness of work

data de publicação

  • 2016-01-01