UNIÃO DOS ESTUDANTES SECUNDÁRIOS DE CRICIÚMA (UESC): ENTRE O CONSERVADORISMO E A RESISTÊNCIA Documento uri icon

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  • master thesis

abstrato

  • Atividades políticas. IO presente estudo procura reconstruir a trajetória da União dos Estudantes Secundários de Criciúma, a UESC, que atuou entre os anos de 1960 a 1966, na cidade de Criciúma (SC). A nova história tem influenciado as pesquisas no campo da História da Educação, especialmente em temas pouco estudados. Questões que antes eram pouco debatidas hoje são investigadas dentro do campo da história da educação. Nesta perspectiva, o presente estudo se propôs a investigar sobre a seguinte questão: Como foi a atuação da UESC, no início dos anos de 1960, junto ao movimento estudantil? A partir deste problema de pesquisa foram traçados os seguintes objetivos: identificar as bandeiras de luta da UESC e sua articulação com a UNE e com a UCES; perceber as interferências de lideranças econômicas e da Igreja Católica no movimento estudantil de Criciúma; observar os espaços que a UESC ocupava nos veículos de comunicação da cidade; perceber as memórias dos estudantes que se posicionaram contra os líderes do movimento estudantil secundarista de Criciúma. No aprofundamento do objeto de pesquisa foram realizadas entrevistas com os ex-dirigentes que coordenaram os trabalhos na UESC no período em que esteve em funcionamento (1960-1966). Suas memórias, embora fragmentadas e lacunares, foram fundamentais, além dos documentos encontrados. Em meio à análise do material catalogado e incluído neste estudo, foi indispensável o cruzamento de fontes. Além das memórias utilizei as reportagens de jornais e os documentos da UESC que foram preservados, entre eles ofícios, fotografias, informativos, em especial aqueles guardados por seus ex-integrantes. Foi possível perceber diferentes posicionamentos entre os jovens que integravam a direção da UESC e outros líderes do movimento estudantil de Criciúma. Ambos defendiam reformas e melhorias na educação, mas, na maior parte do tempo os diretores da UESC defendiam propostas da elite local. Eram jovens conservadores. Importante ressaltar isso, já que boa parte dos estudos sobre o movimento estudantil apontam para ações coordenadas por jovens ligados a grupos de esquerda no Brasil. Outro elemento queficou bastante evidente foi a interferência da Igreja Católica no movimento, mas precisamente do padre Estanislau Cizeski. Essa ingerência contribuiu para o posicionamento dos diretores da UESC e direcionava suas ações contra “o perigo comunista”. Mesmo conservadora, ao que parece a UESC fechou suas portas sem explicações. Documentos, arquivos e material da entidade foram destruídos, não se sabe se por medo dos militares em relação à entidade ou apenas para dar fim a um período. Esses ainda são questionamentos que podem render novos estudos.

data de publicação

  • 2013-01-01