Os incrementos de produtividade das culturas agrícolas tem sido obtidos com doses cresentes de fertilizantes. Essa prática é preocupante do ponto de vista da sustentabilidade da produção, porque as fontes de fertilizantes para a agricultura são finitas e os resíduos da adubação provocam impacto ambiental negativo sobre a qualidade dos solos e da água. Para minimizar esses efeitos, faz-se necessário i) o conhecimento preciso das necessidades de nutrientes minerais das plantas no decorrer do crescimento, ii) o desenvolvimento de modelos capazes de ajustar a oferta e a demanda de nutrientes através da adubação e ainda iii) métodos de diagnótico do estado nutricional das culturas agrícolas. No tocante às espécies hortícolas, uma das exigências atuais da cadeia de produção refere-se à qualidade fisiológica e sua conservação no período pós-colheita. Uma das formas para melhor atender esse objetivo consiste no emprego de sistemas hidropônicos de produção. Esses sistemas permitem o controle rigoroso da qualidade química e biológica da água e também o ajuste da oferta hídrica e mineral de acordo com a demanda da planta . Sistemas hidropônicos do tipo NFT (Nutrient Film Technique), já vêm sendo empregados com sucesso no País para o cultivo de hortaliças folhosas, especialmente a alface. Entretanto, persistem obstáculos para sua expansão, relacionados principalmente com o custo elevado da produção e com a alta complexidade do manejo, o que exige intervenções freqüentes e pontuais. Existe a necessidade de desenvolver novos sistemas hidropônicos, dotados de maior simplicidade operacional, menor custo e risco mais baixo, para a produção de hortaliças, frutos, flores e também para emprego na propagação vegetativa de plantas.