O potencial da diversidade biológica da Amazônia para gerar emprego e renda tem sido apontado como principal vantagem estratégica para inserir a região em um processo de desenvolvimento sustentável, que permita atender a demanda das populações e garantir a esperada manutenção do ecossistema florestal. No entanto, para promover a transformação do potencial oferecido pela biodiversidade em atividades produtivas sustentáveis, alguns gargalos precisam ser, de forma urgente, superados. O primeiro e, talvez mais importante, desses gargalos esta relacionado à realização de pesquisas, básicas e tecnológicas, voltadas à apresentar respostas para o manejo florestal das espécies, vegetais e animais, presentes na rica biodiversidade, para as quais o mercado atual, supõe-se, possui elevada e crescente demanda. Evidente que a região, sobretudo nos últimos 20 anos, obteve um crescimento expressivo na produção de informações acerca do manejo florestal, em especial aquele praticado por comunidades extrativistas, de um leque variado de espécies, com foco especial em produtos tradicionais como: cacau, borracha, castanha-do-brasil e madeira. Todavia, a diversidade biológica amazônica é bem superior podendo chegar a uma cesta de produtos estimada em mais de 50 itens. Contribuir para solução dos empecilhos relacionados à oferta desses produtos florestais, sobretudo por comunidades, é a prioridade do Grupo de Pesquisa em Manejo Florestal de Uso Múltiplo na Amazônia.