Consolida-se nos últimos anos um novo entendimento para construção e implementação de políticas de planejamento do uso e ocupação do território na Amazônia brasileira visando à conservação da biodiversidade de suas florestas, e a instituição de programas de desenvolvimento sustentável para as populações locais através da criação de áreas protegidas, com a finalidade de mitigar os impactos físicos, ecológicos, sociais e fundiários produzidos pelo modelo econômico vigente principalmente, a partir da década de 60 (AZIZ N. AB´SABER, 2004).A Amazônia brasileira aparece como palco privilegiado dos debates nacionais e internacionais onde aparece uma Amazônia romântica ao lado de uma Amazônia hiper-real com problemas socioeconômicos e ambientais que nada difere de qualquer outro espaço moderno do planeta com suas redes e fluxos ligados ao sistema global. Paradoxalmente, essa riqueza natural e cultural não vem garantindo aos povos e populações tradicionais a sua sobrevivencia.