O Nordeste brasileiro é a macrorregião geográfica com os mais fortes contrastes sociais, econômicos, culturais e ecológicos, em nível nacional. Na verdade, são diferentes nordestes, com destaque para a vasta área semiárida (1 milhão de km2, aproximadamente), caracterizando-se por secas cíclicas e pelo rigor das prolongadas estiagens, mesmo em anos de maior pluviosidade. A solução para tais problemas, certamente, passa pelo rompimento do paradigma das adversidades, historicamente associado à região, e construção do PARADIGMA DAS POTENCIALIDADES do Semiárido brasileiro, um dos mais privilegiados em biodiversidade, em todo o mundo; passa por geração de tecnologia para condições de sequeiro, com forte ênfase em práticas de captação e conservação de água e em cultivos adaptados à região. São muitas as potencialidades existentes no Semiárido, e muito pouco se conhece das espécies nativas, como fonte de alimento, plantas medicinais e produtoras de princípios ativos; possíveis fontes de corantes, fibras, óleos, ceras, taninos látex e gomas; forrageiras, melíferas e ornamentais. Os estudos devem focar na multiplicidade e sustentabilidade de uso de tais recursos. É esse o foco deste Grupo de Pesquisa, com intensificação dos esforços em pesquisa a partir de 1998, embora só agora registrado no CNPq, aglutinando Pesquisadores compromissados em gerar conhecimento e desenvolver tecnologia para o desenvolvimento do Semiárido brasileiro, utilizando-se de plantas e práticas culturais adaptadas à região. Teses e dissertações já foram defendidas e papers publicados em revistas científicas, com destaques para: estudos de estresse salino/hídrico/anoxítico em cereais, olerícolas e frutíferas, fibrosas e oleaginosas; captação d'água in situ em cultivos de sorgo, girassol, fava manteiga e pinhão-manso, em áreas diferentes do semiárido paraibano; estudos de manejo e produção de forrageiras, destaques para a palma forrageira