Nas grandes metrópoles, problemas sanitários decorrentes de uma ecologia urbana muito peculiar e dinâmica modulam as doenças infecto-contagiosas. O crescimento desordenado das cidades e a incapacidade do Estado prover serviços básicos como água e esgoto, disposição adequada do lixo, habitação e transporte urbano, criam novas oportunidades para a transmissão de agentes infecciosos pelas vias fecal-oral, respiratória ou por vetores. Por outro lado, podem emergir no espaço urbano novos patógenos como EHEC O157:H7, AIDS e hantaviroses e velhos conhecidos, como a cólera, o dengue e a febre amarela encontram no ambiente urbano um novo campo de expansão. Também a multirresistência a drogas afirma-se como alarmante característica das doenças emergentes e reemergentes. O nosso Grupo investiga a dinâmica do surgimento e expansão, aspectos da patogênese e a natureza e relevância das vias de transmissão de varias das doenças infecto-contagiosas no contexto da cidade do Rio de Janeiro.