Em previsão numérica de tempo são necessários dois ingredientes básicos: um estado inicial da atmosfera/oceano, definido pelas observações meteorológicas/oceânicas, e um modelo físico da atmosfera/oceano que possa ser integrado no tempo através de um procedimento numérico. Na derivação do estado inicial, a partir de um conjunto de dados observacionais (convencionais -de estações-, e não convencionais -de satélites) incompletos no espaço-tempo, diversos centros de previsão utilizam a técnica de assimilação intermitente de dados. Este é um procedimento cíclico onde os resultados de uma integração curta, tipicamente de 6 h são usados como ?first guess? (FG), que combinado com as últimas observações disponíveis formam o estado inicial da atmosfera que será utilizado para a próxima integração do modelo. A combinação do FG com as observações é chamado de fase de análise (assimilação), e a saída da análise no senso estatístico é o estado inicial ótimo para ser usado como condição inicial no modelo de previsão de tempo, sendo esse um dos maiores e mais importantes problemas associado a previsão numérica de tempo - a determinação da condição inicial (Lorenc 1986).