Inúmeros estudos vêm sendo desenvolvidos buscando o aperfeiçoamento das técnicas de reparo e regeneração de lesões nervosas periféricas. Além dos métodos convencionais, como a utilização de enxertos de materiais biológicos ou não biológicos, inúmeras opções experimentais estão sendo estudadas. Dentre as várias opções de tratamento que vem sendo pesquisadas, a utilização de células tronco constitui uma alternativa promissora e significativa. O conceito de células tronco progenitoras, com capacidade de diferenciação praticamente totipotente, surgiu nos últimos anos a partir de trabalhos com células progenitoras embrionárias (embrionic stem cells) . Posteriormente se evidenciou que o organismo adulto também possui uma reserva de células tronco progenitoras pluripotentes.As células tronco são fundamentais, não somente para a coordenar a formação dos órgãos desde a fase embrionária até o indivíduo adulto, mas também desempenha um papel fundamental na regeneração e reparo dos tecidos. Estas células têm como características principais, a capacidade de autorenovação e diferenciação em múltiplas linhagens celulares. Embora existam inúmeros critérios propostos para definir células tronco, resumidamente, elas devem ser células indiferenciadas, capazes de proliferação e autorenovação, produzir inúmeras células funcionalmente diferenciadas e regenerar tecidos após uma lesão (Loeffler, M. and Potten, C.S. (1997) in Stem cells (Potten, C.S., ed.) pp. 1-27, Academic Press Ltd, London and San Diego).