As células dos organismos são cobertas por uma espessa camada de carboidratos pela qual se comunicam com o meio ambiente. Quase sempre, as moléculas contendo carboidratos estão envolvidas em interações, ligante-receptor, específicas. Estes glicoconjugados, estão intimamente envolvido nos mecanismos moleculares de diferenciação celular, do reconhecimento celular, da interação parasita-hospedeiro modulação do sistema imune.Os eventos de diferenciação e ativação celular são acompanhados por uma remodelagem programada nas estruturas dos carboidratos de superfície celular orquestrados por glicosiltransferases e glicosidases e estas variações produzem, frequentemente, mudanças em sua função. O processo de transição de células epiteliais para células mesenquimais (TEM) é crucial na embriogênese, fibrogênese e na progressão do câncer. A importância de glicoconjugados de superfície celular tem sido documetada neste processo. Nosso grupo tem como objetivo explorar as mudanças no perfil de glicosilação da superfície celular, contribuindo diretamente nos processos de malignidade e progressão tumoral e a influência deste fenômeno no nicho celular. Em adição muitos microrganismos patogênicos utilizam os glicoconjugados da superfície celular da célula hospedeira como receptores para sua adesão, colonização do tecido e invasão. Esta adesão é mediada por lectinas ou adesinas expressas na superfície dos microrganismos chamadas, e oligossacarídeos sobre a superfície de células de mamíferos. Em outros exemplos, a ligação envolve a interação entre carboidratos expressados na superfície do parasita com proteínas ligantes expressas pela célula do hospedeiro. Um dos objetivos do nosso grupo é estudar a interação oligossacarídeos/ proteínas com um papel relevante na interação de protozoários intracelulares com células hospedeiras e na patogenia da doença objetivando o desenvolvimento de novas drogas para doenças negligenciáveis como: i) a malária e ii) a doença de Chagas.