A incidência de raios no Brasil é uma das maiores do mundo. Em torno de 100 milhões de raios caem por ano no Brasil causando um prejuízo de US$ 500 milhões. Um dos grandes fatores deste prejuízo, é a falta de uma proteção adequada nas redes de alta tensão e nas residências para estes surtos de alta tensão. Um destes dispositivos são os varistores, que são cerâmicas que protegem os equipamentos contra surtos de alta voltagem. Vários trabalhos têm sido publicados a respeito desta cerâmica, dos quais os autores investigam suas propriedades elétricas, mecanismo de condução e degradação deste dispositivo. Um dos grandes avanços desta área é a descoberta de varistores a base de SnO2, que podem vir substituir os varistores comerciais de ZnO, devido o Brasil ser rico em jazidas deste mineral. Somado a isso, sua microestrutura bastante simples em relação aos varistores de ZnO. Uma grande vantagem dos varistores de dióxido de estanho é a utilização de pequenas quantidades de dopantes na sua formulação, o que causa uma redução de aproximadamente de 50% em relação aos varistores de ZnO, o que reduz consideravelmente os custos de produção. Isto mostra que os varistores a base de SnO2 tem uma grande perspectiva de mercado.
