Desde suas primeiras aplicações experimentais bem sucedidas, o uso de células progenitoras como forma de tratamento para doenças cardíacas vem ganhando interesse crescente. O mecanismo responsável por este ganho funcional não foi completamente estabelecido, uma vez que a capacidade de qualquer destas células-tronco de gerar tecido cardíaco específico (cardiomiócitos) não foi provado em um nível relevante de forma consistente. Em paralelo, foram propostos mecanismos alternativos, como um efeito parácrino da terapia celular, ao transplantar células que expressam citocinas úteis para regeneração cardíaca. Aliado a isto, a terapia gênica inclui um conjunto de técnicas que visam à inserção e expressão de material genético exógeno em células, com finalidade terapêutica. A transferência de material genético pode ser feita in vivo ou ex vivo, de forma combinada com terapias celulares, incluindo a infusão de células-tronco. A terapia gênica pode ainda ser orientada com outras estratégias terapêuticas, utilizando medicamentos, procedimentos cirúrgicos ou fisioterapêuticos, com ação complementar ou potencializadora aos tratamentos convencionais. Em doenças cardiovasculares, a terapia gênica surgiu como uma importante aliada a estes tratamentos convencionais, principalmente visando revascularização cardíaca. Assim, o grupo Sinalização celular, metabolismo e fisiologia de células-tronco no contexto cardiovascular foi criado para discussão do tema e realização de pesquisas focadas neste âmbito. O grupo abrange pesquisadores e estudantes do Serviço de Medicina Experimental e do programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (Cardiologia), do Instituto de Cardiologia/Fundação Universitária de Cardiologia.
