Desde o advento da nova era da abordagem proteômica, a identificação de assinaturas moleculares individuais em vários sistemas biológicos pelas pesquisas básicas tem impulsionado a descoberta de biomarcadores diretamente relacionados a aplicações terapêuticas, promovendo o desenvolvimento de testes diagnósticos clínicos mais específicos. Essa nova era é denominada Proteômica Clinica, foi beneficiada pelos recentes avanços nas técnicas analíticas de isolamento e na identificação de macromoléculas (proteínas e peptídeos) com elevada sensibilidade e resolução. Neste contexto, a Proteômica Clínica é uma das ferramentas mais utilizadas na medicina translacional, a qual tem por objetivo transferir o conhecimento da pesquisa básica para o aperfeiçoamento e a criação de novos métodos para prevenir, diagnosticar e tratar as doenças, bem como a transferência de problemas clínicos, que criam hipóteses, e que podem ser testadas e validadas em laboratórios de pesquisa básica. A necessidade de aplicação clínica estimula a pesquisa de bancada, sendo que novas tecnologias permitem novas descobertas que podem se transformarem em prognósticos efetivos, medicamentos inéditos ou mais eficazes e/ou testes diagnósticos mais específicos.