A ciência, hoje, tem uma função política, social e econômica muito grande. As indústrias crescem, a expectativa de vida aumenta. Em dez ou vinte anos, a Engenharia Biomédica (EB) terá mais investimento que as outras engenharias porque a saúde atualmente está intimamente associada à tecnologia. Os médicos dependem da tecnologia como suporte no diagnóstico e tratamento médico. Educando engenheiros e médicos, dando importância e investindo na ciência e tecnologia, podemos também criar uma cultura científica na sociedade. Há pessoas trabalhando em corações artificiais, em absorção de insulina para diabéticos, reabilitação da espinha dorsal, melhores ferramentas de diagnóstico para medicar os pacientes a tempo... O importante é que todos estão trabalhando com as técnicas da engenharia para solucionar problemas clínicos. Esse é o lado das descobertas: dar novas ferramentas ao médico. A EB pode ainda contribuir para melhorar a qualidade de diagnóstico e tratamento do homem. Na diagnose, temos muitos instrumentos, como ECG, monitoramento cardíaco, pulmões artificiais, que existem há 30 anos. Genericamente, a ciência tem propiciado novos instrumentos, de um jeito que hoje não é mais possível entrar num hospital sem vê-los. Exemplos são as novas técnicas que foram descobertas, as novas áreas no diagnóstico computadorizado que aumentam o acerto do médico... A tendência para a EB, uma vez que esse avanço está sendo alcançado, é desenvolver técnicas, por exemplo, não-invasivas de tratamento das doenças. Estudar genomas, por exemplo, envolve processamento de sinais e imagens, mas não de um modo antigo. Os pesquisadores precisam de imagens de células, de moléculas. Uma nova área, a bio-robótica, estuda pontos específicos do corpo com a inserção de pequenas máquinas que entram no organismo e coletam informações para diagnóstico. Por enquanto, não há limites entre ciência e engenharia.Este grupo fará parte da Pós-Graduação em Engenharia Biomédica do Centro-Oeste do Brasil.
