Desde a criação da atual Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado, em 1974, o grupo de pesquisadores em malária tem se destacado sobretudo na área da pesquisa clínica, desenvolvendo importantes ensaios clínicos com antimaláricos, sob a liderança do Prof. Wilson Alecrim e da Profa. Maria das Graças Alecrim. A partir de 2007, o grupo se re-estruturou e um subgrupo passou a ser liderado por um de seus egressos, o recém-doutor pela Universidade de Brasília, Prof. Marcus Lacerda. O jovem grupo passou então a se focar mais para o estudo da malária causada por Plasmodium vivax, principal espécie encontrada na América Latina, responsável por quase 90% dos casos de malária no Brasil desde meados da década de 1990. Apesar de apresentar menor letalidade, esta espécie tem sido recentemente relacionada a quadros clínicos mais complicados, necessitando hospitalização e eventualmente culminando com o óbito. Em Manaus, capital do Estado do Amazonas, onde o grupo está estabelecido, importantes aspectos epidemiológicos e clínicos têm sido avaliados de forma prospectiva pelo grupo, em parceria com demais instituições de pesquisa nacionais e internacionais de referência para o estudo da malária. Recentes dados do grupo também apontam para a importância das coinfecções com outras doenças tropicais, tais como o dengue e as parasitoses intestinais. O grupo tem financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e de fundações internacionais como a Fundacão Cellex, em Barcelona (Espanha) e da Fundação Bill e Melinda Gates, em Seattle (Estados Unidos da América). Dedica-se também à pesquisa clínica, coordenando ensaios clínicos de fase II/III com drogas antimaláricas. O grupo conta com importante parceria do Programa de Pós-Graduação em Medicina Tropical da Universidade do Estado do Amazonas.
