Resultados atuais referentes ao tratamento da leucemia mielóide aguda (LMA) em países desenvolvidos revelam que a estimativa de sobrevida global (SG) em cinco anos é em torno de 40-50%. Em contrapartida, os poucos trabalhos relacionados ao desfecho de pacientes com LMA em países em desenvolvimento relatam que a SG gira em torno de 15-20%, apesar do excesso relativo de casos de leucemia promielocítica aguda, que está associada a prognóstico favorável. Além disso, os estudos realizados em países em desenvolvimento não têm levado em consideração anormalidades citogenéticas e marcadores moleculares recentemente descritos e preconizados pela Organização Mundial de Saúde para o correto diagnóstico, estratificação prognóstica e decisão terapêuticas desses pacientes. Assim, iniciativas para a caracterização citogenética e molecular ao diagnóstico de pacientes com LMA, a fim de ditar o prognóstico e auxiliar a conduta terapêutica desses pacientes.