A cidade e o urbano como objetos de investigação têm sido foco de atenção dos diferentes profissionais, filiados às mais diversas linhas e escolas do pensamento. Da Escola de Chicago e seus desdobramentos, à denominada Escola Marxista do Urbanismo Francês, a cidade, sua origem, sua dinâmica de crescimento e estruturação e o próprio significado do urbano têm sido postos em questão. Das pesquisas sobre a cidade emergem contribuições variadas que têm revelado como a cidade é densa em propriedades e em aspectos constrututivos; assim como elas se constituem em territorialidades que abrigam não somente a relação homem/meio, mas também extravasam seus os proprios limites e remetem para a consideração das fronteiras ampliadas do Urbano, como referido por Henry Lefebvre como "tudo aquilo que cresce em nossa volta".Produto dos modos variados de sua apropriação social, o espaço urbano expressa em sua forma, conteúdos pautados em lógicas de segregação e de funcionalidade que, não raro, desqualificam outras racionalidades e valores, a exemplo dos ambientais. A apropriação da natureza pela sociedade, nesse caso, desdobra-se numa relação homem/meio, na qual o meio, dotado de uma geografia específica, passa a ser território ("uma combinação de técnica e de política", M. Santos) e lugar das relações cotidianas de um homem específico: o homem urbano. Destarte, abrem-se as infinitas possibilidades de ponderações sobre as necessidades, subjetividades e culturas de assentamento urbano, e novos ramos do conhecimento se apresentam.Este grupo de pesquisa, portanto, além de incorporar a continuidade das reflexões já tradicionais acerca das cidades, busca também oferecer-se como abrigo para as pesquisas dispostas a enfrentar essas novas dimensões do fenômeno urbano