A conservação do solo e da água são desafios permanentes das ações de pesquisa em escala local, regional e global. Para a compreensão do funcionamento e a intervenção assistida nos diversos agroecossistemas, são necessários parâmetros de referência, a organização da informação e o uso de ferramentas que facilitem uma abordagem integrada e abrangente para subsidiar e orientar as ações de pesquisa e de tomada de decisões. Nesse sentido, é importante a caracterização de bacias hidrográficas e de seus recursos naturais envolvidos, da dinâmica da matéria orgânica e da umidade do solo, bem como o uso de mapas multitemáticos para definir a tomada de decisões no uso de fertilizantes e defensivos. Aliados a isso, o desenvolvimento de modelos de simulação podem subsidiar com informações visando ao suprimento das necessidades dos sistemas de produção, dos formadores de políticas públicas e dos agentes de pesquisa e extensão, com vistas à maior sustentabilidade ambiental e econômica dos sistemas de produção.A degradação do solo e a queda na produtividade das lavouras, a baixa retenção de água e o aumento do processo erosivo do solo são sintomas do manejo inadequado, que prejudica o meio ambiente. Em função desses problemas, observados no preparo de solo, denominados convencionais, surgiu a necessidade de se adotar novos sistemas de manejo de solo, que fossem mais racionais e que causassem menos danos ao meio ambiente. A agricultura mundial deverá entrar em uma verdadeira revolução para se adaptar à globalização dos mercados e do conhecimento, à pressão crescente dos consumidores, que exigem produtos sadios e de qualidade, e à dos pesquisadores. As estratégias e os modelos de desenvolvimento terão de levar em conta a necessidade de produzir mais por unidade de recursos naturais e será necessário reduzir, ao máximo, os efeitos negativos provocados pela atividade agrícola sobre a biodiversidade do dos diversos agroecossistemas, a começar pela melhoria da qualidade dos solos.