A conservação da biodiversidade e o uso sustentável de recursos naturais envolvem aspectos biológicos e culturais considerados indissociáveis, uma vez que, toda cultura estabelece interações com o ambiente. No caso de recursos marinhos e costeiros, o conhecimento local das populações humanas relacionado às práticas de pesca e extrativismo têm fornecido informações importantes para pesquisas como, por exemplo, ecologia, comportamento, classificação de espécies, qualidade ambiental, disponibilidade dos recursos e implicações para o manejo. Os estudos realizados por este grupo se concentram em questões que servem de subsídios para a conservação socioambiental dos sistemas de pesca e extrativismo, integrando pesquisas ecológicas e etnoecológicas, bem como, ações mitigadoras de impacto e medidas de manejo que busquem atender às necessidades e anseios dos usuários de recursos naturais.As principais questões socioambientais abordadas pelas pesquisas deste grupo são: Caracterização da pesca artesanal do complexo estuarino Santos-São Vicente; etnobiologia pesqueira na região do estuário de Santos; padrões entre o conhecimento local de diferentes culturas; implicações da etnoictiologia para a conservação; levantamento e análise de aspectos biológicos do conhecimento dos pescadores relacionados a comportamento, alimentação, hábitat, sazonalidade, reprodução e taxonomia de espécies, que possam ser utilizados em propostas de conservação; etnoecologia de grupos de espécies de interesse comercial; a participação de pescadores artesanais nos projetos de manejo pesqueiro; usos e indicações medicinais de peixes em comunidades de pescadores artesanais e o uso de recursos pesqueiros para atividades de lazer, como a pesca esportiva.