O requisito mais importante para o revestimento de estufas agrícolas em áreas tropicais é o de contribuir para um efeito de resfriamento em seu interior. A alta incidência de radiação solar leva a um forte aquecimento no interior da estufa; a cobertura tem de evitar temperaturas excessivamente altas, mantendo fora a radiação solar o quanto possível. Isso pode ser realizado mediante a redução da radiação fotossinteticamente ativa (PAR, 400-700 nm), mas para chegar a um efeito de resfriamento é muito mais eficaz impedir a entrada da radiação solar que não está contribuindo para o crescimento da planta. A radiação infravermelha próxima (NIR) (700-3000 nm) não é necessária para a fotossíntese, por isso é um desafio para uma nova geração de materiais de cobertura visando manter esta seletividade do espectro solar. Atualmente, o desempenho inadequado desses materiais ou o seu preço elevado tem limitado a sua utilização (Espí, et al., 2006). Face ao exposto, muito trabalho de investigação ainda está por ser desenvolvido visando à elaboração de novos filmes bloqueadores da NIR com uma boa relação custo / desempenho para as condições climáticas e econômicas brasileiras.Da mesma forma, a adoção de projetos de estufas agrícolas e estratégias de manejo ambiental plenamente adequadas às condições climáticas do Brasil Central, podem conduzir a um uso racional de água (irrigação), de energia elétrica (equipamentos de resfriamento do ambiente) e insumos (fertilizantes e defensivos agrícolas), contribuindo-se, assim, para uma agricultura de baixo carbono mais sustentável, e, portanto, mais sustentáveis.
