O sistema econômico ocidental, em suas vertentes históricas, há muito não condiz com a matriz constitucionalista do desenvolvimento socioeconômico sustentável, inaugurada, sob a perspectiva teórico-ideológica, na segunda metade do século XX. O mercado e não a sustentabilidade socioeconômica continua sendo a causa motora das políticas econômicas para os setores público e privado, tanto nos Estados quanto nas relações internacionais. Contudo, a progressiva desigualdade socioeconômica e a exploração depredatória do meio-ambiente caminham para limiares de retrocessos civilizatórios e de comprometimento de gerações futuras. Nesse contexto, Estados, iniciativa privada e sociedade civil organizada têm sido factualmente induzidos a refletir sobre o modelo de desenvolvimento econômico em curso e como ele pode ser repactuado de modo a se tornar ambiental e socialmente sustentável.