Os pequenos negócios (micro e pequenas empresas - MPE) representam, segundo o IBGE, mais de 3,8 milhões de estabelecimentos, absorvendo 44% da mão-de-obra empregada e gerando cerca de 20% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Responsáveis por 13,6 milhões de empregos, representando 99,3% dos estabelecimentos formais e, respondendo por 99,8% das firmas que nascem a cada ano, podemos afirmar que os pequenos negócios movem a economia brasileira. Essa potencialidade ultrapassa as fronteiras do território nacional. Em 2001, 64% das firmas exportadoras eram MPE, representando US$ 7,6 bilhões de vendas para o mercado externo. A crescente participação das MPE na economia e na sociedade brasileira é, em parte, explicada pela abertura comercial, iniciada em 1990, e pela globalização. Médias e grandes empresas, nacionais e estrangeiras, instaladas em território brasileiro, se depararam com um novo paradigma: a competição em padrões globais. A saída encontrada, em vários setores da economia, foi uma reestruturação produtiva com foco em seu core business, o que acarretou uma terceirização de todas as atividades consideradas não-essenciais. A globalização da economia também afeta as MPE. As oscilações dos mercados, nacional e internacionais, criam oportunidades e ameaças a essas unidades de negócios capitaneadas por empreendedores que, por muitas vezes contam somente com seu "tino empresarial". Uma empresa, independente de seu porte, é uma organização econômica destinada a produção ou venda de bens ou serviços, tendo como objetivo o lucro. Sua gestão deve ser profissional e, sua atuação no mercado deve ser balizada por estratégias que a orientem na manutenção e no desenvolvimento de seu negócio. Na base da pirâmide empresarial (MPE formais) é onde se encontram as maiores dificuldades de gestão, como mostra o estudo realizado pelo Sebrae Nacional (1999), em 11 estados da federação.