Vários de nossos trabalhos definiram o papel de citocinas e quimiocinas na patogenia da infecção por T. cruzi e Paracoccidiodis brasiliensis. T. cruzi, leva a produção de IL-12 e TNF-a, as quais induzem a produção de IFN-g. Esta, juntamente com TNF-a, ativa a NOS2 e há produção de óxido nítrico, uma potente arma efetora da resposta imune que inibe o crescimento dos parasitas. IL-10 e TGF-b, ao contrário, determinam um caráter de susceptibilidade à infecção, bloqueando os efeitos protetores do IFN-g. Mostramos também que o caráter de resistência de um hospedeiro depende da pela cinética das citocinas produzidas. Produção de IL-10 antes da de IFN-g determina um caráter de susceptibilidade. Os resultados mostraram que qualquer molécula candidata a uma possível vacina, entre as várias condições a serem obedecidas, deveria obrigatoriamente induzir resposta imune mediada por IL-12, TNF-a e IFN-g. No entanto, produção das citocinas ditas protetoras, na ausência de IL-10 e TGF-b, pode ser lesivo para hospedeiro. Assim, excesso de NO suprime a resposta imune e leva a morte de leucócitos por apoptose. Mais recentemente mostramos que infecção por T cruzi leva a produção de quimiocinas por cardiomiocitos, os quais atraem leucócitos, na dependência de ICAM, para o tecido cardíaco. Estes por sua vez produzem IFN-g que ativa a produção de NO no local, culminando com o controle da replicação dos parasitas. As quimiocinas importantes são ligadors de CCR5, visto que na usência deste receptor não há migração celular e nem controle dos parasitas. Assim sendo, a migração celular para o miocárdio é realizda para controlar a replicação do parasita.Finalmente, mostramos que a destruição de neurônios que ocorre em animais infectados é devido a produção de NO nas visinhanças do plexo de Auerback. Temos também contribuído para entender o papel de quimiocinas para a formação de granulomas e para definir antígenos alvos capazes de mediar resistência à infestação a carrapatos em bovinos.