A hipótese das origens fetais das doenças do adulto, ou Hipótese de Barker, afirma que fatores ambientais que afetam o crescimento fetal agem na vida precoce alterando permanentemente a estrutura, função e metabolismo corporal. O baixo peso ao nascer para a idade gestacional é a principal característica da restrição de crescimento intra-uterino (RCIU), tendo uma prevalência relativamente alta na população (entre 7 e 15% dos nascimentos). Ao longo da vida, estas crianças/adultos enfrentam maior risco para doenças cardiovasculares, obesidade, hipertensão arterial e diabetes tipo II. Considerando a alta prevalência de baixo peso ao nascer na população, as alterações comportamentais, a vulnerabilidade às variações ambientais e maior risco para doenças crônicas detectadas nessa população, um melhor entendimento sobre os mecanismos envolvidos é essencial para elaboração de futuras aplicações em Atenção Primária e Puericultura.