A complexidade das ações que objetivam, de forma consistente, a conservação de espécies selvagens projeta um cenário onde diversas abordagens devem ser efetivadas. Se por um lado é imprescindível que se conheça a população floro-faunística de uma região, é também essencial o estudo e conhecimento dos mecanismos fisiológicos envolvidos nos processos vitais que irão caracterizar as diferentes estratégias adaptativas destas espécies ao ambiente. O impacto ambiental da interferência antrópica (como destruição e fragmentação de habitat, incidência de caça, tráfico, atropelamento de animais silvestres e contaminação de recursos naturais) pode ser minimizado ou contornado por meio de ações. O exercício da Conservação Integrada viabiliza o estudo e a compreensão dos distúrbios nos ecossistemas através dos seres que nele vivem, buscando soluções e alternativas que beneficiem aos animais e às pessoas que compartilham o mesmo ambiente. Os animais de vida livre representam uma valiosa fonte de informações básicas regionalmente pouco conhecidas. São considerados indicadores de qualidade ambiental, tanto por preservarem seu equilíbrio natural quando saudáveis, quanto por demonstrarem, através de suas doenças, os desequilíbrios do ambiente a que estão expostos. Como alternativa a extinção de espécies e perda de biodiversidade, faz-se necessário ampliar o conhecimento sobre os animais selvagens; sua bioecologia, parâmetros fisiológicos e morfológicos normais, hábitos alimentares, capacidade reprodutiva, patologia, dentre outros, que possibilitem sua preservação na natureza e manutenção em cativeiro. Este grupo de pesquisa tem tido repercussões em âmbito estadual, nacional e internacional, reflexo da abordagem ampla e pioneirismo em relação aos assuntos pesquisados, caracterizado também pela participação de pesquisadores de outras instituições como Universidade de São Paulo e Universidade Federal de Viçosa-MG.