Maria Eugenia Lammoglia Duarte
Professora Titular da Faculdade de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro, aposentada em 30 de junho de 2023. Graduada em Letras pela Faculdade de Filosofia Santa Marcelina (1969), mestre em Linguística Aplicada ao Ensino de Línguas pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1986) e doutora em Linguística pela Universidade Estadual de Campinas (1995). Atua na área de Linguística, com ênfase em Sociolinguística e Teoria e Análise Linguística, principalmente em estudos de variação e mudança sintática envolvendo o sistema pronominal das gramáticas do português em suas modalidades falada e escrita. Participa dos projetos PEUL (Programa de Estudos sobre o Uso da Língua) - fala popular, NURC-RJ - Norma Urbana Culta-RJ, PHPB (Para a História do Português Brasileiro) e România Nova. Orienta teses e dissertações em sintaxe comparativa, relacionadas (a) à representação do sujeito pronominal (no português, no espanhol e no italiano; (b) à redução do quadro de clíticos de terceira pessoa no PB e as estratégias para sua substituição; (c) à ordem dos constituintes, incluindo VS/SV em declarativas e interrogativas, e (d) às chamadas construções de tópico marcado e tópico-sujeito. Os projetos desenvolvidos com o apoio do CNPq e os trabalhos orientados têm utilizado amostras sincrônicas e diacrônicas do PB (para investigações no âmbito do PEUL, NURC e PHPB), do PE, com amostras recolhidas pertencentes ao Corpus de Referência do Português Fundamental e do Projeto Concordância. e, mais recentemente, do espanhol peninsular e americano, com vista a estudos comparativos no âmbito do projeto România Nova, coordenado no Brasil por Mary A. Kato. O suporte teórico utilizado vem da conjugação do modelo de estudo da mudança proposto por Weinreich, Labov e Herzog (1968) - a Teoria da Variação e Mudança - com uma teoria formal da linguagem proposta no âmbito da sintaxe gerativa - a Teoria de Princípios e Parâmetros (Chomsky 1981), uma perspectiva iniciada no Brasil por Fernando Tarallo e Mary A. Kato nos anos 1980. Essa teoria formal possibilita levantar os grupos de fatores estruturais que restringem a implementação da mudança e hipóteses relativas ao encaixamento da mudança no sistema linguístico - ou seja, relacionar fenômenos superficiais, aparentemente independentes e atribuídos a causas distintas, a uma mudança única gramatical subjacente. Seu projeto CNPq em desenvolvimento analisa os efeitos da mudança na remarcação do Parâmetro do Sujeito Nulo na posição estrutural do sujeito de sentenças impessoais.
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