Este trabalho apresenta uma pesquisa que versa sobre as marcas que caracterizam os traÃos dialetais no lÃxico de especialidade dos produtores rurais de mandiocultura, na mesorregiÃo noroeste cearense, como apoio para a elaboraÃÃo de um glossÃrio eletrÃnico monolÃngue, de base socioterminolÃgica da variante brasileira da LÃngua Portuguesa. A pesquisa se inscreve no Ãmbito do estudo do lÃxico e do termo de lÃngua de especificidade, no que diz respeito à sua base teÃrica e metodolÃgica envolvendo Ãreas como a lexicologia, a lexicografia, a terminologia, a terminografia, a etnolinguÃstica, sociolinguÃstica, a dialetologia, fonologia e a linguÃstica de corpus. Empregamos trabalhos fundamentados nas Ãreas jà elencadas, com um suporte teÃrico-metodolÃgico de autores como Aubert (2001), Barbosa (1989, 1990, 1991, 1994, 1996, 2005), Biderman (1984, 2001, 2006), Borba (2003), Cabrà (1993, 2002), Faulstich (1995, 2006), Gaudin (1993), Krieger-Finatto (2004), Rodrigues (2015), entre outros. A investigaÃÃo à de natureza qualitativa e quantitativa, com abordagem etnodialetolÃgica e sociolinguÃstica feita com 40 socioprofissionais, que sejam nativos da localidade pesquisada e que tenham trabalhado toda a vida na atividade de mandiocultura. Escolhemos, para a pesquisa de campo, cinco Ãreas temÃticas de inquÃrito (plantaÃÃo, transporte, beneficiamento, comercializaÃÃo e transporte) e investigamos os traÃos dialetais dos informantes documentados em entrevistas orais que, transcritas e tratadas em programas computacionais, sendo feitas as devidas averiguaÃÃes metodolÃgicas e teÃricas, formam a base de dados do GlossÃrio Regional da Mandiocultura, composto de 1.550 entradas.