Sensibilidades decoloniais da afrodescendência: conflitos e desestabilizações como práticas antirracistas no ensino de arte Documento uri icon

  •  
  • Visão geral
  •  
  • Pesquisas
  •  
  • Identidade
  •  
  • Ver todos
  •  

tipo

  • doctoral thesis

abstrato

  • A pesquisa faz um diálogo entre os estudos decoloniais, a afrodescendência nas artes visuais e a educação, tendo em vista as insurgências de obras artísticas que trazem à tona problemáticas étnico-raciais e sócio-políticas geradas na colonização. Após um panorama sobre as origens do pensamento decolonial, dialogamos com artistas modernos não negros até a produção de artistas afro-brasileiros contemporâneos, fazendo análises de algumas de suas obras que se aproximam dessa epistemologia. Pensamos em uma sensibilidade que denuncia, emerge ou rememora as histórias silenciadas da afrodescendência durante a colonização, com suas feridas coloniais, seu racismo e insurgências contra seus aparatos e reverberações. Ainda que outros nomes trilhem esse percurso sensível, nesta pesquisa, aprofunda-se primordialmente a obra de Arjan Martins, Ayrson Heráclito e Rosana Paulino por serem artistas afro-brasileiros que mais se aproximam desse contexto, por suas histórias de militância e estudos sobre a arte e a negritude no Brasil. Para ampliar esse diálogo, o trabalho contou com a participação de sete professores de Artes do Ensino Básico do Rio de Janeiro que desenvolveram atividades a partir das obras desses artistas e dos apontamentos da pedagogia do conflito, pensada por Boaventura Sousa Santos. Essa pedagogia, situada no campo dos estudos decoloniais, mostrou-se potente por promover desestabilizações e gerar questionamentos e reflexões em sala de aula sobre as permanências da colonização e suas implicações na problemática racial brasileira. A partir da análise das produções de alunos mediadas por esses professores e suas práticas pedagógicas, vislumbra-se ações que se mostraram efetivas na aplicabilidade da lei 10639/2003 e suas potencialidades antirracistas nas escolas em que as propostas foram desenvolvidas.
  • The research makes a dialogue between the decolonial studies, the African descent in the visual arts and the education, in view of the insurgencies of artistic works that bring up ethnic-racial and sociopolitical problems generated in the colonization. After an overview of the origins of decolonial thought, we dialogue with non-black modern artists until the production of contemporary Afro-Brazilian artists, analyzing some of their works that approximates this epistemology. We think of a sensitivity that denounces, emerges, or recalls the silenced stories of African descent during colonization, with its colonial wounds, racism, and the insurgencies it represents. Although other names tread this sensitive path, in this research, it deepens primarily in the work of Arjan Martins, Ayrson Heráclito and Rosana Paulino for being Afro-Brazilian artists who come closest to this context with their militancy stories and studies on art and art. blackness in Brazil. To broaden this dialogue, the work had the participation of seven teachers of arts in Rio de Janeiro who developed activities from the works of these artists and notes of the pedagogy of the conflict, thought by Boaventura Souza Santos. This pedagogy, located in the field of decolonial studies, proved to be potent for promoting destabilization and generating questions and reflections in the classroom about the permanence of colonization and its implications for the Brazilian racial problem. From the analysis of student productions mediated by these teachers and their pedagogical practices, we can see actions that proved effective in the applicability of Law 10639/03 and its anti-racial potentialities in the schools where the proposals were developed.

data de publicação

  • 2019-01-01