Para a desinfestação de frutos pós-colheita , citam-se os tratamentos térmicos com frio ou calor e produtos químicos, sendo que o tratamento térmico as vezes não é adequado, pela ineficácia do frio contra insetos da ordem Lepidoptera, já o calor provoca injúrias nos frutos e produtos químicos deixam resíduos indesejáveis nos produtos e estão sendo banidos do comércio(fumigantes). Neste aspecto, a radiação ionizante do Cobalto-60, é a alternativa mais viável, pois é uma técnica segura, limpa e não deixa resíduos tóxicos nos produtos tratados, e que já está sendo usada em muitos países inclusive o Brasil (Arthur,1997). Para moscas-das-frutas pesquisas já foram realizadas e a dose recomendada para a desinfestação de frutos é a de 225 Gy (Arthur,1998). Essa dose só é suficiente para controlar as moscas-das-frutas, mas como ocorre uma grande variação na radiosensibilidade nas diferentes ordens dos insetos, devido a constituição celular, a moscas-das-frutas da ordem Díptera é mais radiosensivel do que mariposas da ordem Lepidoptera. Fazer a aplicação dessa dose recomendada para a desinfestação de moscas-das-frutas e não controlar por exemplo o bicho-furão da laranja que requer uma dose de radiação mais elevada torna-se o processo inviavel. Devido isso o objetivo do grupo de pesquisa é determinar as doses letais e esterilizantes de radiação gama do Co-60, para todas as fases do ciclo evolutivo (ovo, larva, pupa e adulto), de insetos que não sejam moscas-das-frutas, por exemplo o bicho-furão da laranja Ecdytolopha aurantiana e para a broca-do-abacate Stenoma catenifer etc., criados em dieta artificial, para fornecer subsídios para uma possível aplicação da técnica do inseto estéril num programa de controle integrado nas culturas de laranja e abacate etc., e obtenção de dados referentes a radiosensibilidade das fases do ciclo do inseto visando a desinfestação dos frutos como por exemplo (laranjas e abacates) viabilizando sua exportação.
