DE ORFEU E DE PERSÉFONE: FIGURAÇÕES DA MORTE NAS LITERATURAS PORTUGUESA E BRASILEIRA CONTEMPORÂNEAS Grupo de Pesquisa uri icon

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descrição

  • Esta pesquisa substitui a que foi desenvolvida desde 2003 (As máscaras de Perséfone: figurações da morte nas literaturas portuguesa e brasileira contemporâneas), e conta com a participação de pesquisadores da várias universidades, do Brasil e do exterior. Objetivo: Focalizar os cantos de Orfeu e as máscaras de Perséfone, ou seja, a ambigüidade morte/vida com que se elaboram as literaturas portuguesa e brasileira contemporâneas, cujos textos, em seu processo de enunciação, revelam-se como jogos em que a palavra encena a ambígua relação morte / vida. Perguntas básicas que se pretendem discutir no projeto são: como se pode escrever aquilo que é interdito à palavra? Como é possível testemunhar o que não pode ser testemunhado, enquanto experiência que não pode, por assim dizer, ser experimentada? Por que serão potencialmente rentáveis, para a literatura, o neutro, a negatividade e o vazio? Em que medida a escrita da morte pode esvaziar mitos e, ambiguamente, constituir uma afirmação para o sujeito? Como aparece na literatura essa morte, cuja perspectiva mudou de forma decisiva com a Segunda Guerra, pois não se morre mais como antes, já que o que era anteriormente um ato sagrado tornou-se um gesto banal e anônimo do qual só pode resultar uma solidão que mais apaga a memória que a conserva? Para o estudo dessas questões na obra de vários autores das literaturas portuguesa e brasileira, os pesquisadores contam com o apoio teórico de Schopenhauer, Maurice Blanchot, Martin Heidegger, Vladimir Jankélévitch, Hannah Arendt, Emmanuel Lévinas, Giorgio Agamben e Jean Baudrillard, entre outros, cujos estudos possibilitam trabalhar mais de perto tanto o tema da "banalidade do Mal", quanto, sobretudo, a questão do testemunho e a sua relação com a "sobrevivência", ou seja, o nexo incontornável entre testis e superstes que marca a literatura contemporânea.

Data arquivamento

  • 2008