O controle de nematoides é essencialmente preventivo, uma vez que estando a planta parasitada é impossível matar o nematoide sem destruir o hospedeiro. Uma alternativa sustentável para manter suas populações abaixo do nível de dano requer uma combinação de práticas, tais como rotação de cultura, uso de matéria orgânica, biofumigação, uso de variedades resistentes, dentre outras. Estratégias essas que visam restabelecer o equilíbrio no solo para atingir um ambiente saudável biológica e ecologicamente. Um ecossistema balanceado no solo manterá a atividade microbiana de modo que a densidade de organismos fitopatogênicos não sobressairá. Três linhas de pesquisas são desenvolvidas no Laboratório de Nematologia: 1. definida pelos estudos etiológicos, em que populações de Meloidogyne spp. são coletadas, caracterizadas e mantidas para estudos de seu manejo; 2. abrange diferentes aspectos da resistência de cultivares, especialmente de cafeeiros a Meloidogyne exigua, o que permitiu colocar no mercado pelo menos duas cultivares resistentes (Catiguá e Paraíso), desenvolvidas pela EPAMIG e avaliadas pelo grupo. Trabalhos de seleção de genótipos com resistência a M. paranaensis se encontram em fase de condução. 3. já se obtiveram resultados promissores com a fumigação e biofumigação pelo uso da mostarda, a qual tem um efeito supressivo sobre os nematoides das galhas e beneficia as culturas por diminuir esses organismos. Esse efeito da mostarda é atribuído aos glucosinolatos, compostos secundários do metabolismo das brássicas e a sua toxicidade é devida à quebra enzimática dos glucosinolatos em isotiocianatos e nitrilos, os quais interferem no ciclo de vida dos nematoides. Várias formas de aplicação e de uso dos resíduos da mostarda estão em estudo, o que vem confirmando suas potencialidades no controle de diferentes espécies dos nematoides das galhas. A busca de outras espécies botânicas igualmente produtoras de químicos com ação nematicida estão em progresso.
