"Assim, a história começou como um relato, a narração daquele que pode dizer "Eu vi, senti"." Jacques Le Goff assinala, com esta frase, uma história situada nos termos de uma aestesis, de uma estética. A narrativa histórica não prescinde de um corpo que sente e percebe. Este corpo é atravessado e marcado por narrativas, nomeações, gestos aprendidos, condicionamentos comportamentais, fundamentalmente, um corpo que se funda como unidade pela linguagem, pela cultura.A operação que ora propomos sob o título de "História e arte" - em contiguidade e oposição à "História da arte"- aponta para a disjunção entre história e arte e sua produtividade. Uma disjunção na qual a arte não pode ser subsumida ao próprio contexto histórico, sendo, ao contrário, produtora de uma partilha. O grupo dedica-se à interface e sobreposição entre arte, história e política, tendo por objeto o campo da cultura na modernidade e a contemporaneidade, privilegiadamente, no Brasil.