Da SEP (Sociedade Estadual de Professores, 1977), ao CEPE (Centro Estadual dos Profissionais da Educação, 1987): uma análise do novo movimento sindical dos trabalhadores da educação do estado do Rio de Janeiro
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Essa dissertação tem como principal objetivo compreender as rupturas e permanências proporcionadas pela filiação dos servidores de apoio das escolas, como merendeiras, porteiros, secretárias etc, no Centro Estadual dos Professores (CEP). O CEP era um movimento de docentes que permitiu a abertura do seu estatuto para o ingresso dos demais funcionários do setor da educação. Essa transmutação resultou no Centro Estadual dos Profissionais da Educação (CEPE). O processo não foi tranquilo, a antiga diretoria abdicou e uma nova diretoria assumiu o movimento. A metodologia é melhor detalhada no segundo capítulo e aplicada nos capítulos subsequentes. Em um primeiro momento foram realizadas entrevistas com três vanguardistas da entidade: Godofredo Pinto, um dos fundadores da Sociedade Estadual dos Professores (SEP) e presidente do CEP em mais de uma ocasião; Daise Calazans, a única remanescente da primeira diretoria, permaneceu na direção que veio a se formar com a unificação das categorias; e Alcebíades Teixeira importante quadro da diretoria que assumiu provisoriamente com a abdicação da anterior e vice-presidente na que foi eleita no ano seguinte. Estas entrevistas foram observadas sob a ótica de algumas teorias e conceitos que envolvem esse campo. Por fim foi construído um esboço do período histórico no qual o objeto está inserido também em contraponto com as falas dos entrevistados. Os resultados obtidos com a pesquisa apontam que o meio externo ao sindicato influenciou muito na decisão dos filiados pela abertura dos quadros da SEP. Mas fatores internos como a acirrada disputa política pela direção da entidade também tiveram seu peso. Permanências e rupturas também foram observadas e relatadas.
