Esta dissertação pressupõe que a produção televisiva constitui um dispositivo pedagógico a partir do qual são tecidas redes de subjetividades. Investiga o cotidiano de produção de um programa de televisão _ o Globo Ciência , realizado em 1999 e veiculado nos canais Futura e Globo. Rememora encontros, desencontros e desafios de uma produção que tem praticantes em campos diversos: cientistas, roteiristas e diretores que elaboraram um discurso pedagógico e negociaram pontos-de-vista, gostos e crenças. Conversas com praticantes desta produção e famílias de imagens dos programas foram recolhidas e colocadas em diálogo. A negociação entre as diversas formas de narrar - imagens e conversas - constitui o território no qual é buscado este cotidiano da produção, procurando entrever de que forma conta-se e ensina-se nesta experiência de televisão.