A análise orgânica instrumental tem permitido avanços significativos do conhecimento em áreas da (bio)química e farmacologia, a nível acadêmico e tecnológico. O desenvolvimento de novos equipamentos, de sistemas de gerenciamento e análise de dados (bioinformatica) têm subsidiado o uso da análise orgânica instrumental na área biotecnológica e nanotecnológica, com reflexos diretos e imediatos sobre a qualidade da informação gerada. Assim, a aplicação de técnicas analíticas correntes, e.g., cromatografias líquida e gasosa, acopladas ou não à espectrometria de massa, e as espectroscopias de infravermelho e de ressonância magnética nuclear, considerando suas mais diversas possibilidades experimentais (1D e 2D), permite um melhor entendimento de processos bioquímicos relevantes, otimizando a obtenção de produtos e processos, com menor dispêndio de tempo e de recursos financeiros. Enfatiza-se que a analise orgânica instrumental reune um ferramental que permite agregar valor a produtos oriundos de processos (nano)biotecnológicos correntes de interesse comercial (nutracêuticos e insumos farmacológicos, e.g.), na medida em que explora as características qualitativas destes de forma objetiva e precisa. Esse último aspecto envolve a investigação da bioatividade de produtos naturais, obtidos a partir da análise do metaboloma (compostos alvo e perfis metabólicos) de espécies de interesse, em associação com a utilização de modelos de estudo experimental em animais (monitoramento da morfogênese embrionária, embriotoxicidade, vasculo/angiogênese e crescimento tumoral), tendo como perspectiva a exploração dos produtos biotecnológicos/nanotecnológicos como insumos nas áreas alimentar, nutracêutica e de medicamentos, que impliquem em inovação de estratégias terapêuticas. Por fim, o suporte de ferramentas de bioinformática completa um cenário adequado de recursos analíticos tipicamente constituintes de uma plataforma de esudos metabolômicos.