A Educação de pessoas em regimes de privação da liberdade é responsabilidade do Estado e um item obrigatório em política educacional, mas pouca atenção tem recebido tanto por parte do poder público quanto das instituições de ensino. Em sua conceituação mais ampla, Educação de Jovens e Adultos em Regimes de Privação da Liberdade constitui objeto de estudos da Pedagogia e uma subárea da Educação de Jovens e Adultos, abrangendo adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas e homens e mulheres presos. A oferta de educação para esta população possui especificidades que devem ser consideradas nas propostas de formação de professores, na seleção do material didático-pedagógico, na organização do trabalho escolar e na avaliação. Com um dos três maiores sistemas penitenciários do mundo e uma população de cerca de 820 mil pessoas, marcadas, na maioria das vezes, por atributos de marginalização social, o Brasil precisa romper esta que é a última das fronteiras da Educação.