Em geral, toda a substância química tem potencial de apresentar toxicidade a uma ou mais formas de vida. Em consequência existe risco à saúde humana e meio ambiente, associado ao uso dessas substâncias. Portanto, todos os cuidados deverão ser tomados para minimizar os efeitos não desejados desses compostos.Contaminantes químicos potencialmente perigosos podem estar presentes nos alimentos, os quais formam um grupo heterogêneo de substâncias de origens diversas, que incluem os resíduos de produtos utilizados para o aumento ou melhoria da qualidade da produção agrícola (agrotóxicos, fertilizantes) e pecuária (medicamentos veterinários), as substâncias derivadas da contaminação ambiental (metais tóxicos), ou substâncias formadas durante o processamento térmico dos alimentos (nitrosaminas), entre outros. Por outro lado, nas últimas décadas o uso de aditivos alimentares trouxe inegáveis benefícios à indústria de alimentos.O aumento do interesse sobre segurança alimentar pode ser considerado reflexo da preocupação crescente dos consumidores com a inocuidade dos alimentos que lhe são oferecidos. Esta preocupação tem sido evidenciada em episódios recentes envolvendo contaminação química de alimentos em vários países, tornando-se um problema internacional de saúde pública. Durante a 53ª Assembleia Mundial de Saúde, realizada em Genebra em maio de 2000, Segurança Alimentar foi considerado um assunto prioritário pelos Estados Membros e inúmeras recomendações e estratégias têm sido aprovadas no âmbito da FAO e da OMS para sua promoção. Desta forma, o GTAF tem contribuído na obtenção de dados relativos à presença de aditivos alimentares e fármacos veterinários nos alimentos. Para tanto, tem sido desenvolvidos e validados métodos analíticos utilizando técnicas cromatográficas, realizados estudos sobre o consumo de edulcorantes e de determinação de resíduos de fármacos veterinários em alimentos, bem como estudos de farmacocinética e de depleção de resíduos de antimicrobianos.