Numerosos materiais entram em contato com os alimentos, em especial nas fases de preparo, estocagem e consumo. Os materiais utilizados durante o processamento industrial e na confecção de embalagens, são geralmente testados e aprovados pela indústria e os órgãos normativos de cada país, segundo a sua inércia/reatividade. Esta situação não ocorre no mesmo grau com aqueles materiais usados em feiras livres ou lar, estando sujeitos a pouca/nenhuma regulamentação e incidindo neles ainda o efeito de diversas práticas de manipulação, sem amparo de normas, sendo difícil prever conseqüências para a saúde do consumidor.Este grupo de pesquisa objetiva estudar as interações físicas, físico-químicas, químicas e biológicas passíveis de ocorrer entre alimentos e materiais inorgânicos, que reconhecidamente entram em contato. Embora algumas destas interações tenham sido estudadas no passado, o tema central é atual, visto que os produtos modernos são resultantes de inovação e diversificação, ao passo que novas tecnologias de fabricação continuam sendo implantadas. Os resultados dos estudos serão úteis na identificação de efeitos positivos (transferência de nutrientes) assim como na liberação de elementos causadores de reações prejudiciais ao alimento ou à saúde. Por se tratar de tema não contemplado pela área de embalagens, a contribuição do grupo terá seu principal impacto na avaliação de materiais tais como pedra-sabão, argilas e seus revestimentos, alumínio, cobre, aço inoxidável, ferro fundido e laminado, entre outros, os quais fazem parte da ampla gama de matérias-primas utilizadas para a fabricação de panelas, bandejas, pratos, formas de pizzas, entre outros.Espera-se que o conhecimento gerado pelo estudo das interações físico-químicas e químicas, devidamente associado à sua divulgação científica e popular, tenha impacto na boa saúde da população, além da orientação passível de ser repassada aos fabricantes de utensílios e equipamentos para as indústrias de alimentação.
