O café brasileiro contribui hoje com mais de 30% da produção mundial em um mercado grandioso, altamente competitivo e cada vez mais preocupado com a qualidade. Apesar de vários estudos sobre a composição de metabólitos no grão verde e torrado e dos efeitos do processamento na qualidade final do produto, pouco se sabe sobre os fatores genéticos associados à qualidade do café.O nosso grupo visa a análise integrada de genômica, proteômica e metabolômica do café, com vistas à identificação dos determinantes moleculares da qualidade do café. A comparação de perfis proteômicos e metabolômicos de grãos, apresentando qualidade diferenciada poderá fornecer indicadores para os determinantes genéticos associados a essa característica. Para isto, amostras representativas de grãos de café verde com qualidade diferenciada, determinado a partir de análise sensorial convencional, são analisadas. Após separação por cromatografia líquida de alto desempenho e análises por espectrometria de massa MALDI-TOF/TOF, os íons diferenciais estão sendo caracterizados. Além disto, o grupo está diretamente envolvido no estabelecimento de um programa de seleção genômica para o cafeeiro. Por ser uma espécie perene, há a necessidade de novos métodos para se acelerar os programs de melhoramento genético. Para isto, o grupo participa de um Consórcio Internacional para a obtenção de uma sequência genômica de referência, uma das primeiras etapas para o estabelecimento posterior de um esquema de seleção genômica. Vários trabalhos de caracterização fenotípica e genotípica de acessos disponíveis no Banco de germoplasma da Embrapa Cerrados estão em andamento, com vistas à caracterização da variabilidade disponível e identificação de polimorfismos (SNPs). Caraterísticas como tolerância à seca e composição bioquímica associada a qualidade são prioritárias nesses estudos.
